domingo, 3 de janeiro de 2016

Me atrevi... "AMOR"

Como começar a falar de amor? com quantos anos? De que forma? Pra quem?

Bem, esse tema é deveras particular, mas num senso comum há concordância sobre ele. As questões do início são a partir de questionamentos que quase todos sofremos quando se trata desse sentimento. E existirá tantos outros ainda... Como "Só existirá um amor em toda a vida?" ou "De qual tipo de amor estamos falando?"

Sim, é importante sabermos de 'quem para quem é' a matéria-prima dessa postagem se refere. E iremos falar do amor que intriga tantos, o amor de um estranho para outro estranho que quando tocados se conhecem por si. É um dos pontos que trataremos nessa matéria. E poderemos constar uma correlação entre as tantas espécies de amor depois, até porque num sentido Latus amor é amor, indiscriminadamente.

Mas hoje eu escolhi trazer pra você, visitante, amigo, curioso... um pouco da minha concepção sobre o amor, que por certo amadurecerá com o tempo e que você poderá agora, ou depois, integra ou parcialmente concordar ou discordar. Volto ao escrito no início: "o tema é deveras particular".

É comum ouvirmos que alguém sofre por amor, ou que alguém se fechou pro amor, ou que o amor faz as pessoas idiotas... Poetas e escritores de renome se atreveram também, com êxito em falar de tais coisas, como um que diz: "Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo." ou o próprio "O amor faz as pessoas idiotas.".

Bem, podemos comentar sobre essas coisas antes de vocês começarem a ler sobre a minha concepção.
Quando dito que o amor faz das pessoas idiotas, logo pensamos que isso é ruim, não é mesmo? ou que o autor foi radical demais...
Observemos a partir da seguinte ótica: quando você se apaixonou... como você se comportou? Sim, paixão é comportamento também.
Admitamos que você se tornou mais simples, ou mais feliz, ou mais disposto, certo? Você queria a todo custo aproveitar o máximo daquele sentimento bom que o tomava o tempo todo. (kkk), sim, posso dizer que o pensamento na pessoa é quase que integral em questão do tempo.
Quando você vivia, ou seja, quando você pensava naquele alguém todo especial que despertava coisas inesperadas e involuntárias, como o sorriso frouxo, a pele frígida, o arrepio, o calor... você queria a todo custo transportar tudo aquilo á alguém ou de alguma forma. Nesse momento a passagem do autor da frase em cheque começa a ter o seu sentido.
Você começa a não medir esforços, consequências, para expressar-se. Nesse momento, você perde a vergonha e seu libido fala mais alto, você precisa se expressar. Por pra fora todo o contentamento incabível num corpo ou numa mente. Você age, e você se porta simples, o que pra muitas pessoas parece idiota. Consegui extrair mais disso sob a ótica do autor de "O Amor faz as pessoas idiotas."
Tudo começa a ser normal ou pouco para que você demonstre a vontade, o desejo, o tesão por alguém, e mesmo que não sexualmente, mas você sente tesão pela pessoa... Ver, Tocar, um abraço então.. Te faz satisfazer-se e tudo poderia acabar ali. Melhor lugar do mundo, como diria o compositor. O Abraço.
Essas atitudes que parecem pouco, não saciam, refletem ridículo, ou idiota. Mas há quem capte como sintomas de paixão.

Outra frase como "Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo." por outro autor, leva-nos mais uma vez á questão do comportamento.
Falamos de paixão e amor como sinônimos até então, mas sabemos a diferença muitas das vezes. Pra quem ainda não, eu posso dizer que paixão são os primeiros sintomas, os primeiros passos, o néctar pra despertar o amor, que existe desde o início da paixão, mas que costuma estar adormecido ou não conhecido até que vivida aquela paixão toda.Talvez o amor só se revela quando a paixão acaba. É, bem assim.
Sobre a frase ainda, é uma afirmação negativa bastante polêmica, porém cabe a nós nos comprometermos mais um pouco com o que o autor quis dizer, muito antes de pensarmos sobre nossa ótica. É aquela questão de veja o que o outro disse, e não a sua visão, não o que está em você, enfim. Mas agora sim, sobre a frase, a resposta é direta para mim, e bastante simples. Se alterarmos a afirmação para uma oração um tanto pessoal, logo teremos "AS PESSOAS que amam não são felizes."
Observem que agora tiramos a carga de responsabilidade sobre a infelicidade do sentimento e transportamo-na para os portadores do sentimento. Quem manuseia, e molda o sentimento a todo momento e da sua maneira.
Não deve estar tão difícil de chegarem á minha conclusão sobre tudo isso agora. Podemos perceber que a culpa da infelicidade não é do amor, mas das pessoas que não sabem manuseá-lo.

Eu costumo dizer que o amor é autosuficiente e independente. Ele não te pede para se instalar, e não te pede para formá-lo. Mas ele EXIGE que o cultive, sim. Amor é algo que acaba, substituído por falta de comprometimento, falta de tanta coisa. Ele perde espaço para a não entrega, a não vivência, ele se sente mal recebido, digamos assim, e logo parte. Ele adormece ali e talvez nunca mais volte á vida. Nesse momento começamos a entender outros questionamentos do início da matéria quando dito que algumas pessoas se fecham para o amor, e quando dito que pessoas sofrem pelo amor. A resposta agora é que não, o amor não priva ninguém, e não, o amor não sujeita alguém ao sofrimento. Antes o próprio ser não sabendo lidar com o amor, não sabendo adubar, regar, cultivar... o perde. E talvez a culpa ainda seja do outro, mas antes de culpar esse outro ser da relação, precisamos OBRIGATORIAMENTE nos perguntar se fizemos o que deveríamos.

Agora confundimos o amor com a relação afetiva.
E por experiência própria, digo que as relações afetivas ou com base no amor se vingam pelo comprometimento. Pela Decisão.
Mais uma vez amor é sinônimo de comportamento.

Vamos adiantar agora e dizer um pouco do amor como espécie de sentimento, sem metáforas.
O amor pra mim, dentre tantos outros produtos, se compõe, talvez nessa ordem: sensação e decisão.
Ou seja, sentimos, experimentamos, escolhemos, decidimos. Talvez essa seja a ordem.

A questão que fica então, é se você depois de ter tido o privilégio de experimentar, de sentir do melhor presente possível, e que para você cristão é um dos mandamentos, se não o mais importante, a necessidade posta de amarmos alguém, consegue se comprometer, depois de escolher SIM, a cuidar desse AMOR. Agora é com você. O amor, suficiente que é te deu a chance, acolhe?

Conversávamos eu e uma grande amiga outro dia, linda (AMO, rsrs), sobre o amar alguém, e falávamos num sentido latus, quando que para podermos amar alguém precisamos estar muito adiantados dessa questão mesquinha do cotidiano e da necessidade social. Precisamos estar evoluídos, precisamos saber que o sentimento chamado amor é completo, mas vivido por pessoas. Precisamos saber, portanto, que por serem pessoas, elas mudam, o sentimento não muda, mas elas sim. E quando você consegue admitir e isso não é motivo para que o amor seja deixado de lado, que o outro pode e vai mudar, e que você pode e vai mudar, tendo a escolha firme de amarem-se, isso acontece.

Amor portanto dá trabalho, é servir, e deixando tema pra outra matéria então, servir é bom. Muito diferente do pré-conceito que temos de servir. Servir e ceder-se ao outro sem necessidade de recompensa. Quando amamos temos prazer de servir e isso ao contrário do que se pode pensar, gera o maior prazer possível.

O motivo de eu ter escrito sobre isso, foi por tudo que experimentei do amor, das escolhas que fiz, e da emoção que senti quando assisti o vídeo do link abaixo.

Vale a pena!






Por: Ronalth Santiago

2 comentários:

  1. Essa foi a matéria mais linda e mais completa que eu já li sobre o tema,e esse vídeo é realmente emocionate

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  2. Muito razo, Naty. Tema difícil de falar. Mas comentários como o seu é que valem a pena. Obrigado!

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